segunda-feira, 29 de junho de 2009

SEXTA-FEIRA 13- O SUPERMERCADO




Outro dia, fazendo umas comprinhas no supermercado com meu marido, nos deparamos com uma promoção um tanto inusitada: "Comprando tal produto você ganha um teste de colesterol e recebe dicas de uma nutricionista." Ainda estava tentando entender a tal proposta quando de repente fomos abordados por duas promotoras bonitonas nos perguntando se não queríamos participar.
Pensei, xiiii… logo eu que não faço nenhuma atividade física que não seja sexo, adoro beber umas e outras, e acabei de encher o carrinho com um monte de petiscos básicos. Mas sem que eu ao menos pudesse concluir meu pensamento, o maridão já mandou um:
-ADORARÍAMOS!
Que gracinha, não? Elas não podiam ao menos estar vendendo um Mini Cooper?
Lá fomos nós. O teste consistia em uma picada no dedo para saber o índice de colesterol e algumas perguntas sobre nossos hábitos alimentares.
Pica daqui, verifica de lá, sangue pra cá, lâmina pra lá e pimba...tudo bem com meu colesterol. PASSEI!!! Meu frenesi foi tamanho que nem me importei mais com o deslumbramento do maridão. Enquanto ele, que não podia ver uma agulha nem à 10 metros de distância, encarava o matadouro com a supervisão das mocinhas.
A nutricionista nos fez uma pergunta:
-Quem cozinha em casa?
E para meu espanto ele logo respondeu:
-ELA
E eu completei com um sonoro:
-E você também né meu amor.
Mas a voz grave voltou;
-Ah mas eu quase nem cozinho né, é mais você, rsrsrs!
Seguem risinhos entre ele e as moçoilas, e, quando você acha que já está tudo horrível, sempre pode ficar pior com outra perguntinha:
-Comida congelada?
-Humm (ele pensando), pelo menos duas vezes na semana!
Nessa hora, minha própria voz ecoou na minha cabeça: Comida congelada??? Como assim??? Me pego imaginando uma visita minha ao nosso freezer, linda de casaco de pele e luvas de couro, examinando vejo uma torta congelada que está lá há mais de seis meses, vejo outros pratos prontos que mal consigo ver a validade porque moram conosco há muitos anos, já fazem parte da família.
Me teletransporto para o supermercado novamente, o rosto vermelho, de raiva e não pelo ácido retinóico passado há dois dias, meu coração acelerado, e eis que ainda entra o complemento:
-Ela é uma ótima DONA DE CASA!!!
Afff...meu Deus, vou voar no pescoço dele, delas e de quem passar na frente.
Me recompus, arrumei o cabelo atrás da orelha, sorri e dali pra frente minha meta passou a ser a simples aniquilação do inimigo:
-Nossa, ele come tanta besteira, balas, doces, chocolates. É uma formiguinha.
Mas mal acabei a frase e chegou o resultado do seu exame. Meu oponente ficou reduzido a um desconcertante:
-Puxa vida, o senhor precisa se cuidar mais hein…
As mocinhas, balançando a cabeça e com um semblante de total desprezo, sem ao menos se despedirem de seu mais novo fã, saíram famintas atrás de suas próximas vítimas.
E eu, como uma ótima esposa, terminei com um doce:
-Pode deixar que vou cuidar muito bem de você amorzinho.

Alessandra Valenti

sexta-feira, 26 de junho de 2009

ARTHUR DA FAIBIIIIIS!


Esse é o Arthur filho da Fabi Ismael "a dona de casa punk" do coletivo.
PARABÉNS FABI! Um menino pra alegrar nossas meninas do futuro!

quarta-feira, 24 de junho de 2009

OLHA A COBRA!!!!!!


Dica de quentao e vinho quente:

1 litro de vinho tinto seco ou pinga
1 litro de agua
1 copo de acucar
canela em pau a gosto
cravo da india a gosto
frutas a gosto (gosto com macas e uvas)
e gengibre (no caso do quentao)

Primeiro coloque a canela em pau, o cravo, meio copo de açucar e misture ate virar um melaço. Jogue entao o vinho, a agua , as frutas e o acucar e deixe ferver.
PRONTO....simples assim.

Olha se eu consegui fazer todas conseguirão!

Fernanda Macedo

quarta-feira, 17 de junho de 2009

ÁGUIA OU GALINHA?


O “eu dona de casa” me caiu como um raio em uma tarde ensolarada.
Sempre pensei ser águia
Que me apoderara de todos os domínios do céu
Que era capaz de repintar a vida a cada dia para que ela nunca conhecesse a rotina
Tudo estava sob controle
Na verdade o que merecia controle não me valia atenção
Nada me escapava!

Era assim águia!

Naquela tarde
Olhei-me e pensei: águia?
Que nada! Senti-me galinha
Presa a um ciclo infinito que desenhei ao meu redor
Rotina?
Todos os dias o cardápio, os banhos das crianças, a vassoura, as reuniões escolares, o rodo, as roupas, as louças, os armários, o cão, a tartaruga, as plantas, a cama, o lazer, a lição, as boas maneiras, o trabalho, as frustrações que me invadem, o mercado, a escola, a empregada, a minha família, a dele, as meias furadas, as calças curtas o sofá que ficou velho, e isso e aquilo...
Observei-me vendada... Como se houvesse perdido meus poderes de caçadora.
Tornara-me uma criatura domesticada.
E assim foi por longos anos... Uma luta mental entre dois animais
Um selvagem e outro doméstico
Até que em uma longa crise, e aprendi que elas são muito importantes.
Recordei atônita, de longe, por um longo tempo, como quem vê um álbum de fotos antigas
Teria eu sido águia quando imaginava?
Como poderia ser águia sem ter que me desdobrar?
Onde estavam todas aquelas certezas? O que me dera tantos poderes?
Enxerguei a galinha que eu tanto temia ter me tornado, tão frágil, tão superficial, tão sem direção.
Minha visão era capaz de ir longe. Mas iria tão longe ou iria apenas até aonde meus olhos sentiam-se confortáveis em enxergar?
Pude compreender que águia sou hoje, que sou incompreensivelmente capaz de administrar tudo que me compete... De voar longe, visualizar os limites do horizonte e trazê-los para casa como experiência. Sou capaz de dividi-los com minhas três filhas na linguagem de cada uma, de trocá-los com meu marido e fazer de todos os olhares uma nova forma de saborear a vida.
E quando volto para casa, mesmo sabendo que aquele tornado me espera, penso na delícia do meu ninho, não como um ser domesticado, mas como uma ave poderosa que sabe que o mundo continua ali e que o ninho que construí é grande o bastante para caber toda minha liberdade, todos os meus sonhos.
Descobri que o mais delicioso disso tudo é ser águia em bando, em um grande bando como o meu. Mesmo que ele te dê tanto trabalho!
Hoje sou dona de casa sem problemas com essa expressão, sou a dona do meu ninho!

Giô.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

VIVER SEM TEMPOS MORTOS


Assisti ontem a MARAVILHOSA Fernanda Montenegro em cena no monólogo "Viver sem tempos mortos", texto a partir das correspondências de Simone de Beauvoir para Jean Paul Sartre.
Duas fortes mulheres em que todas nós devemos nos espelhar!

Fernanda Macedo

sexta-feira, 5 de junho de 2009

SEU NOME?


Dona de casa do séc XXI...


Acorda, se arruma, come e cooorre,
ñ pd se atrasar pro trabalho...
antes,
deixar as crianças na escola!

Almoça. ..vOa pro trabalho – reunião com cliente!!!
Desliga o computador;
Pega as crianças, providencia o jantar, (previamente pronto)
Jaaanta...
ajuda o caçula na lição de Inglês,
...
Suspira . . . deita, não dorme . ..
Lê o relatório que não conseguiu no almoço.
Apaga a luz, descansa.. . (Ao seu lado o marido, também, exausto!). . .

Hora do almoço, já? Decide ir à manicure,
não consegue, tem algo a fazer, não para nunca...

Corre; chega em casa, ajuda o marido,
(problemas com as contas)
doooooorme.. .

Pensa nas tantas roupas que tem de lavar, sorri; J ela tem uma empregada!!!
O pneu fura, desce e arruma...

Seu nome??? (...) Joaana?? ?

NãããO!!! :/ A m é é é l ia! !! ;)

Juliana Ayubi
(Pra Amélia - Design gráfico e projetos de arquitetura)
OBS: Pra Amélia é o nome da empresa da Jú que super apóia a causa)