quinta-feira, 30 de julho de 2009

CADÊ???




A sensação de perda é, para mim, uma das piores.
Ela pode ser material, emocional, durar muito ou pouco tempo.

Uma coisa é certa: a sensação passa.
Mas enquanto dura é sufocante, angustiante. Dá frio na barriga, nó na garganta.
Você perde o foco, o bom senso, o sono, o apetite, o ar, as horas, a paz.

Mas quando você acha aquilo ou aquela pessoa novamente, a sensação de alívio é tão recompensadora....é um uuuffaaa tão gostoso! rsss
As vezes precisamos perder algumas coisas para achá-las melhores.

FLAVIA SANTANDER

segunda-feira, 27 de julho de 2009

quinta-feira, 23 de julho de 2009

UMA SEMANA DE FERIAS




Já iniciei minhas férias escolares. Não especificamente as minhas e sim do meu amado filho Kim. Na verdade, férias de mãe é correr. Correr atrás dele no mar, na piscina. Fazer café da manhã, lavar a roupa. Levar pra tomar sorvete. Assistir a um DVD se estiver chovendo. Passear na cidade. Enfim isso é o de menos.
É muito prazer pra mim ver o Kim feliz. E olha , como ele ficou feliz!!

A segunda parte da história....
Chego em São Paulo, a noite,cansada da viagem. Além de 3 horas de estrada a gente chega nesta cidade e ainda demora 2 horas pra chegar em casa.
Chega em casa.
Mala pra desfazer. Comida pra fazer. Louça pra lavar. Avisar a todos que chegou sã e salva. E que esta tudo ok com o Kim. Carinho pra cadela. Afinal ela esta carente que ficou uma semana fora de casa.

Ai a notícia boa. Meu marido chega e avisa que mandou a empregada embora.
(Risadas. Muitas risadas. Risadas. De nervoso, é claro)

Tentei dormir.
Afinal a gente precisa dormir.

Acorda.
A máquina de lavar continua quebrada.
Este tempo cinza. Frio.
Que mau humor!!!

Ai o Kim me diz: Bom dia!!Te amo mamãe!!Você é linda!!!

E a gente tem que agradecer que a vida é muito boa.
E as férias nem acabaram....

CLAUDIA MITSUE

segunda-feira, 20 de julho de 2009

quarta-feira, 15 de julho de 2009

PECADO CAPITAL




Desde os tempos de Barbie eu não me via no papel de dona de casa. Se bem que a minha Barbie tinha banheira de hidromassagem e não tinha fogão… Pois é, o fato é que minha mãe não me ensinou a cozinhar e sempre repetiu que era para estudar, para um dia trabalhar e pagar uma pessoa que cozinhasse para mim. Nunca dependa de homem, minha filha! Filha obediente, foi o que fiz. De tanto estudar acabei me formando em 3 cursos superiores, talvez para combater algum complexo de inferioridade imputado em mim por meus irmaos mais velhos, que como em quase toda família, têm ciúmes do caçula e o testam de todas as formas possíveis, nas brincadeiras boas e de mau gosto. Como sofri nesta vida de caçula! Mas nesta desvantagem hierárquica, aprendi a me virar bem, só.

O fato é que trabalho sempre veio em primeiro lugar na minha vida. Ou melhor, em segundo, terceiro e quarto também. Até muito pouco tempo eu era do tipo que ficava sem entender uma pessoa que não gostasse de trabalhar tanto como eu. Sonho de casar, como a maioria das mulheres mineiras? Não! O sonho sempre foi de me dar muito bem na minha profissão. E achava que o caminho pra isso era o da formiguinha. Nunca reclamei de trabalhar 14 horas por dia, de não tirar férias, de perder as festas de família por uma gravação. Tanto que nos últimos 3 anos tirei apenas 20 dias de férias e acumulei dois trabalhos fixos e vários freelas simultaneamente. Resultado: quase tive um surto de estresse. Depois de aprender 3 línguas, viajar a mais de 20 países e passar 12 anos da minha vida investindo na minha carreira e tendo algum sucesso nela, comecei a pensar que o dinheiro que eu ganhava nåo pagava tudo o que eu estava deixando passar. O cache parecia não ser suficiente para compensar tanta dor de cabeça. Num impasse contratual, decidi recusar a proposta da empresa onde eu praticamente morei nos últimos anos. Me vi, pela primeira vez em mais de 3 décadas, na possibilidade de dedicar mais tempo `a uma função na qual eu sou quase virgem: dona de casa profissional. Me tornei praticamente uma pecadora, principalmente para uma pessoa que mudou de cidade há 5 anos para investir na carreira e que sempre achou mais interessante qualquer pessoa que trabalha. E nåo deixa de ser.

Tá bom, estou exagerando. Não me tornei dona de casa no período integral. Eu tenho um trabalho fixo que me consome 1 hora do meu dia. Se parece muito para um bicho preguiça, parece muito pouco para uma formiguinha. O fato é que estou tentando deixar de ser formiga, para tentar me transformar em borboleta. Quero voar alto, encantar que estiver por perto e partir com leveza. Não ficar muito tempo parada e ser admirada por isso. Para minha própria perplexidade, só na última semana recusei 3 possibilidades de trabalho fixo. É que depois de alguns dias na minha nova função de gerente da minha vida (por onde andava minha vida pessoal antes mesmo?), descobri outras delícias perdidas em algum lugar do passado, como tomar um chope no almoço com um amigo querido, encontrar uma amiga e vê-la dar banho na filha, conseguir assistir a um filme no cinema durante a semana, reparar nas cores das flores, ir ao médico (nossa, agora eu posso mesmo cuidar de mim um pouco?). E não pretendo abrir mão disso tudo por uma exposição na TV. Nem voltar a me viciar em pontos de Ibope. Parece-me que a televisão virou um palco de gente que quer aparecer a troco de quase nada. Mas não quero analisar isso agora para não fugir do tema.

Sei que na minha nova função de dona da minha vida, preciso resolver mil coisas da casa que está em fase de acabamento… e parece acabar nunca! Mas este é um capítulo a ser escrito a parte, grafado em negrito: as mil funções que uma casa requer, antes mesmo de se tornar uma casa. Virei a melhor amiga do marceneiro, que me liga 24horas por dia. Aprendi a entrevistar e selecionar empregada doméstica (e ainda acho que isso daria um curta bem divertido). Tenho me tornado especialista em pendurar quadros, arrastar movies, escolher plantas e árvores, educar cães e cobrar diariamente uma equipe que parece não querer sair de casa. Por hoje é só! Como os pintores, o marceneiro e a empregada já foram acho que está na hora de ligar a hidromassagem. E lembrar dos tempos de Barbie.

DENISE BARRA

domingo, 12 de julho de 2009

TERAPIA VIRTUAL


Blog para mim tem sido um pouco de terapia com custo zero. Sabe-se lá se alguém lê, sabe-se lá se ajuda muito.
Porque não dividir e conseguir um pouco de "diagnóstico" de vocês amigas deste coletivo?
Neste mundo estranho, muitas vezes frio e sombrio a gente cria armadilhas para tentar se comunicar com as pessoas que hoje em dia pouco conseguimos ver ao vivo e em cores. Acontece isso com vocês tb? Puts espero que sim!
Olha as vezes eu tento ver, reunir, falar e chorar as pitangas in loco mas sinto que está cada vez mais difícil.
Essa semana em particular foi muito esquisita. Aconteceu coisas muito estranhas, coisas que faz a gente sair do nosso mundinho, da nossa rotina e parar pra questionar, pensar e analisar em que tipo de mundo vivemos, que tipos de pessoas nos relacionamos? Quem sou eu? Quem é você?
Não vou aprofundar aqui tudo o que aconteceu e o que está passando dentro de mim pois nem eu sei ainda, estou confusa e nem conseguiria claramente. O que importa disso tudo é que eu parei pra pensar que aquelas pessoas que a gente acha que estão do nosso lado, as vezes não estão. Muitas daquelas que nos espelhamos não devemos mais. Pessoas nos decepcionam muito e pasme amigos neste caso em especial de trabalho, podem sim nos trair.
Outra coisa chata que aconteceu foi eu ter tentado sei lá porque marcar depois de muitos meses pré agendando o batismo da Eduarda e não conseguir por forças maiores.
As religiões são grandes empresas mesmo, muitas delas bem burocráticas, a que íamos batizar a "Metodista" foi um tanto assim difícil e me fez pensar se eu estou fazendo isso pra tirar aquela sensação de mea culpa? Estou preparada? Os padrinhos estão? Meu marido quer muito, minha mãe por conta dos meus avós também metodistas. Seria quase que uma homenagem mas a real é que eu nem me sinto digna pra isso!
Sou do tipo que rezo somente no desespero. Acredito sim em Deus, estudei em colégio católico, fui batizada, fiz primeira comunhão mas a fé só vem nas horas críticas ou de extrema felicidade. Isso já vale? Não sei.
Honestamente pensarei sobre esse assunto com mais calma ainda não é a hora. A comunhão é pra ela, eu sei, mas eu terei que participar certo? Então tenho que parar e pensar um pouco mais.
Mês de férias da Eduarda, mês decisivo no trabalho e nos futuros projetos. Não poderei ser mãe em tempo integral. Todos se preocupam e lá vem de novo a sensação de culpa por não poder ficar em período integral com ela. Ainda bem que minha mãe poderá ficar e será muito bom pra Duda, uma semana na praia, brincando e curtindo os avós, afinal ela fica tão bem com eles. Mas a gente se sente e sente a pressão dos outros, etc....ahhhhhhh!
É uma semana insegura, incerta e ruim. Precisava desabafar aqui agora domingo 12h48.
Agradeço a quem tiver lido até aqui!
Essa semana que vai entrar vai ser melhor, vai sim!
A fé vem nas horas ruins não vem? Que venha!

FERNANDA MACEDO

quarta-feira, 8 de julho de 2009

E AINDA TEM O TRÂNSITO, CAÓTICO



Quem é que consegue ser mãe, dona de casa, trabalhar fora ser uma mulher multitarefa, não se cansar. E compensa?
Hoje em dia somos mega atarefadas, começamos o dia assim: faz café, arruma isso, arruma aquilo, troca a fralda do bebê, troca a roupa dele, dá mamadeira, ainda tem tempo de se arrumar e isso ainda é cedo da manhã.
Sai de casa correndo, pega um transito caóoootico, chega atrasada no trabalho e ainda recebe um “boa tarde”!
Senta, ouve clientes estressados, não vai ao banheiro pq não dá tempo, mesmo!
O dia passa voando e você ainda pensa: “vou atravessar essa cidade mais uma vez em um transito caóootico” para poder chegar em casa e ainda ter pique em dar o jantar para o filho e brincar um pouco sem ao menos poder demonstrar cansaço, que confesso ser muito difícil na maioria das vezes.
Coloca o filho para dormir e dorme junto com ele, é claro vide o dia.
Quando consegue levanta e arruma a louça, roupa e a bagunça que ficou pela casa.
Essa é uma das mulheres do século XXI, cheia de coisas para fazer, mais estressada ainda para aquelas que pegam trânsitos absurdos em São Paulo mas que ainda consegue separar um tempo para a família e se divertir!
Nada mais gostoso do que chegar em casa e ver aquela carinha linda e bochechuda dizendo Mamãaaaaaaaaaaaa com um sorriso de orelha a orelha!!!!
Compensa sim, ô se compensa!

Carol Scatena

quinta-feira, 2 de julho de 2009

O DESAPEGO


Quem tem empregada doméstica, faxineira, diarista, passadeira, cozinheira sabe que é uma relação pra lá de difícil.
Aqui em casa vai ter que rolar a sessão desapego amanhã por mais doloroso que isso possa ser.
Primeiro o nome dela: Nena (acredita que só sei esse, ok tenho o endereço da casa dela dessa vez).
Como estou aprendendo tudo nessa vida, estou tentando aprender a lidar com as diaristas também. Porque até então eu nunca pegava o endereço, loucura isso?
Sou do tipo que se apega. Viro amiga, dou todas as coisas que tenho em volta.
Pra Nena dei todas as roupas que não cabem na minha filha Eduarda. Dei minha sapatilha de bolinhas que amo mas que me dói o pé, nela nem ciscou em doer. Dei meu All Star cano alto, não consigo mais usar especialmente os de cano alto porque me sinto adolescente, ainda tenho um branco se alguém quiser e não tiver essa encanação. Louca né, não consigo mais usar All Star mas consigo pintar minha unha de cinza ou azul.
Bom voltando ao tema do post: "O DESAPEGO", a Nena é super legal, jogamos conversa fora, ela chora seus problemas e eu alguns dos meus mas não dá MAIS. Ela é muito careira e não trabalha bem.
Pois é, fiquei mais de 6 meses com ela e ela não faz nada bem. Ok, ela passa roupa bem mas que roupa difícil tem aqui em casa? Todo nós nos vestimos casuais. Tipo ESPORTE mesmo. Temos amigos que nem se quer casam, se fomos duas vezes na vida em um casamento foi muito, portanto eu nem deveria ter me apegado a Nena por isso, certo?
A gota d'agua foi ter sentado`a mesa e ela não ter feito nada pra beber DE NOVO, não ter colocado pegador ou guardanapo DE NOVO, não ter feito a batata dorê que tinha pedido minutos antes, ter deixado a casa mal cheirosa, deixado pó atrás da TV e dos DVDs da Duda e ter misturado todos os pares de meia do Fausto meu marido.
Tudo isso num mesmo dia. Acreditam?
Ela pediu pra sair não pediu?
Fazendo mantra já do DESAPEGO.... DESAPEGO, DESAPEGO.....tenho vocês e outras amigas queridas pra amar......DESAPEGO, DESAPEGO!!!!!!!

AH, e a antiga empregada então, Marcia querida, que teve depressão? Conto no próximo post!

FERNANDA MACEDO