quinta-feira, 19 de novembro de 2009

AMÉLIA QUE ERA MULHER DE VERDADE?


As vezes me pego pensando se é realmente bom trabalhar fora ou se seria melhor ser “Amélia”.
É, Amélia mesmo, aquela que cozinhava, passava, limpava a casa, cuidava das crianças e ainda tinha tempo para brincar com os filhos.
Acho que tem as que gostam de cuidar da casa sim e as que gostam de trabalhar. Eu sinceramente achei que curtiria muito minha licença maternidade e que não ia querer voltar a trabalhar. Pois bem, no 4º mês de minha licença eu já pedia socorro, ao mesmo tempo que queria ficar com meu filho, havia a necessidade de contato com outras pessoas, de sair um pouco de casa, enfim, de voltar a trabalhar. Me sentia um pouco sufocada.
Talvez quisesse voltar a trabalhar não onde eu trabalho, mas sim em um lugar que tivesse um horário mais flexível ou que pelo menos nos deixasse trabalhar de casa pelo menos 1x por semana (a sexta-feira seria ótimo devido ao trânsito caótico).
Hoje, mais de 1 ano depois da minha licença maternidade já me vejo com vontade de não trabalhar mais, de cuidar do lar, de ser realmente uma Amélia. Participar melhor da criação do meu filho, levá-lo a escola, brincar com ele, e futuramente ter tempo para ajudá-lo no dever de casa.
Não tenho vergonha de dizer isso, acho até que se eu realmente parasse de trabalhar sentiria falta novamente, assim como senti em minha licença maternidade, mas acho que falta um pouco de flexibilidade hoje em dia por parte das empresas. Elas querem nos sugar o tempo máximo e quando vemos não fizemos nada para nós, não marcamos nenhum médico, nenhum dentista, enfim, nossa saúde vai para o “beleléu”. E acabamos deixando de viver para trabalhar.
De repente o trabalho ideal fosse o de ficar em casa mesmo, como antigamente.
Acho que tinham menos problemas com relação a saúde mental das pessoas, não existia tanta depressão, tanto pânico e tanta fobia.
"Eu me candidataria a essa vaga! “

CAROLINA SCATENA

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